“A ilha de CATAN é um lugar ainda desconhecido e pouco explorado. Alguns já estão estabelecidos por lá em pequenas aldeias, mas chegou a hora de expandir, conquistar e se aventurar, e que vença o mais forte…”
CATAN da editora DEVIR foi o primeiro jogo de tabuleiro moderno a ser conhecido mundialmente, vendendo mais de 20 milhões de cópias desde seu lançamento em 1995 (para conhecer a história do jogo e do seu criador tem um post bem legal aqui).
Em CATAN cada jogador assume o papel de um grupo de colonizadores que deseja explorar e se estabelecer na ilha de CATAN, vencendo a partida o jogador que obtiver primeiramente 10 pontos.
É um jogo para 3 a 4 jogadores com duração média de 60 a 90 minutos por partida.
Como se joga CATAN?
O tabuleiro pode ser montado de maneira aleatória ou de acordo com a montagem para jogadores iniciantes. Cada jogador recebe seu conjunto de estradas, aldeias e cidades. Duas aldeias e duas estradas são posicionadas no tabuleiro (à escolha do jogador ou de acordo com a montagem inicial).
Cada jogador recebe os recursos dos terrenos que estão adjacentes às suas aldeias e a partida está pronta para começar.
O jogo divide-se essencialmente em duas fases:
- Produção de recursos
- Trocas e construções
Na fase de produção, o jogador da vez rola os dados e os terrenos que tiverem a numeração apresentada na soma dos dados produzem recursos. Cada jogador que tiver uma aldeia ou cidade adjacente à esses terrenos recebem recursos.
Caso os dados apresentem a soma 7 (Sete) o ladrão entra em ação. Cada jogador com mais de 7 cartas deve descartar metade das cartas, em seguida o jogador da vez posiciona o ladrão em um terreno à sua escolha e esse terreno não produzirá mais recursos até que o ladrão seja removido. Em seguida o jogador pode roubar um carta do jogador que tiver uma aldeia ou cidade adjacente ao terreno onde o ladrão foi posicionado.
Na fase de trocas e construção o jogador da vez pode trocar recursos com os demais jogadores como bem desejar, e também pode construir estradas, aldeias e cidades. Pode também comprar cartas de desenvolvimento (que só poderão ser usadas na próxima rodada).
Cada aldeia vale 1 ponto e as cidades valem 2, sendo que uma cidade só entra em jogo para substituir uma aldeia. As cidades produzem o dobro de recursos, e são uma opção bem interessante.
Quando um jogador possuir uma estrada com 5 ou mais caminhos adjacentes ele recebe uma ficha indicando que ele é o dono da maior estrada e essa ficha vale 2 pontos. Se outro jogador construir uma estrada maior a ficha passa para ele.
O jogador que usar 3 cartas de cavaleiro (um tipo de carta de desenvolvimento) recebe também uma ficha indicando que ele possui o maior exército. Essa ficha vale 2 pontos e caso outro jogador utilize mais cartas de cavaleiro a ficha passa para ele.
A partida termina assim que um jogador obtiver 10 pontos.
Acessibilidade
Os terrenos são facilmente identificáveis, não trazendo assim problemas na visualização dos recursos que cada um produz. O jogo necessita que o jogador segure suas cartas, então dependendo o uso de um card holder é bem interessante principalmente para crianças e pessoas com alguma restrição (aprenda a fazer um aqui).
As cores das peças embora possam não ser tão distinguíveis assim não prejudicam a partida, pois todas as informações estão abertas na mesa.
* Legenda da imagem: C – Visão comum / P – Protanopia / D – Deuteranopia / T – Tritanopia).
Dá para jogar com crianças?
Com os mais velhos (à partir de 7, 8 anos) sim! O jogo é muito simples, porém o único momento que exige um pouco mais dos jogadores é na hora das trocas, mas jogando com calma e paciência o jogo funciona bem com eles sim e dá para inclusive ensinar bastante coisa, como a relação das trocas, planejamento a médio e longo prazo e explorar alternativas quando o plano principal não está caminhando.
O que achamos do CATAN?
CATAN é um clássico dos jogos de tabuleiro e por algumas razões. Sua simplicidade e interação entre os jogadores deixa o jogo muito fácil e acessível.
Não existe complicação ou detalhes de regras, pelo contrário, o conjunto de informações é simples e rapidamente assimilado pelos novos jogadores.
Muitos mencionam o fator sorte como algo negativo no jogo, eu porém entendo como algo positivo, no sentido de forçar o jogador a procurar soluções e caminhos para contornar as restrições. Obviamente nem sempre será possível e vez ou outra o jogador realmente ficará sem opções muito interessante, mas de modo geral será a exceção e não a regra.
O jogo ainda dispõe de alguns mecanismos para ajudar o jogador, como as trocas com o banco (4 recursos iguais por 1), trocas no porto (3 por 1) e trocas em portos específicos (2 por 1) que são caminhos para eventualmente minimizar a má sorte nos dados.
As cartas de desenvolvimento podem também ajudar e se usadas no momento certo podem fazer bastante diferença.
E ainda é possível adicionar algumas regras de mini-expansões que foram lançadas posteriormente, como a colocação da Torre no deserto e a produção de recursos por lá (se quiser conhecer as expansões do CATAN leia essa matéria bem completa aqui).
Pontos Positivos:
- Ótimo jogo para iniciantes ou pessoas que gostam de bastante interação
- Simplicidade nas regras
- Um visual bonito na mesa que chama a atenção de quem não conhece
- Pode ser jogado em família ou com crianças mais velhas
Pontos de atenção
- Dependendo do grupo pode se estender um pouco (por conta das negociações e trocas)
- Tem uma certa dependência da sorte na rolagem dos dados, se isso não lhe agrada talvez o jogo não seja para você
CATAN ainda continua um jogo interessante. Evidente que mais de 20 anos após seu lançamento já existem muitos títulos bacanas, mas o jogo continua relevante, com bastante conteúdo disponível (como expansões e campeonatos) e pode ser uma boa para quem está começando ou quer algo mais leve para jogar com a família.
Vamos descobrir CATAN?
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