
54 blocos, 3 blocos por andar, 18 andares compostos por peças de madeira que ficam uma ao lado da outra.
Esse é o super popular JENGA, criado em 1983 por Leslie Scott que nasceu e viveu no continente africano, e que trata-se de um jogo extremamente simples, afinal de contas o jogo é apenas blocos de madeira e a gravidade.
Entretanto nós seres humanos já nascemos hábeis construtores, é só observar a criançada mais nova montando estruturas com brinquedos de madeira para entendermos isso.
Através de tentativa e falha eles conseguem fazer construções que se fossem reproduzidas em escala maior exigiram muito cálculo e preparações.
E a simplicidade do JENGA consta justamente disso: Cada jogador na sua vez deve remover uma peça e posiciona-la no topo da torre, sem deixa-la desmoronar.
Mas mesmo um jogo simples como esse pode nos ensinar pelo menos algumas noções interessantes sobre engenharia estrutural que é o ramo da engenharia que estuda os cálculos e projetos voltados para estruturas.
E lembre-se que a intenção aqui não é aprofundar ou mesmo definir os termos da engenharia com clareza e precisão técnica mas sim apenas mostrar como um jogo aparentemente simples pode apresentar conceitos interessantes e servir como um caminho para introduzir e aprofundar essas idéias.
Peças que suportam cargas

Já procurou durante uma partida de JENGA aquelas peças que ficam soltas na estrutura para remove-las facilmente?
Isso acontece porque todas as peças do JENGA são diferentes, mesmo que sutilmente.
E isso nos apresenta esse conceito de que algumas peças sustentam a estrutura, o que seria na vida real algo como “paredes de suporte de carga” e se você remover essa parede a estrutura toda cai, como no JENGA.
Aperta e solta

Outro conceito presente no JENGA que é muito interessante é a relação entre conceitos como compressão e tensão.
Compressão é a força aplicada a um material e a tensão seria a força aplicada a um material quando ele é puxado ou mesmo esticado.
Quando você remove, por exemplo, a peça central de um andar no JENGA as duas peças restantes tornam-se peças de suporte de carga e passam a experimentar tanto tensão quanto compressão.
Além disso as peças no andar superior são pressionadas e se fossem de algum material mais flexível talvez ficassem no formato de um “U”.
Embora a força de compressão e tensão no JENGA sejam pequenas é interessante ver esses conceitos da engenharia em ação dentro de um jogo.
Vira, vira, vira, virou!

Uma maneira rápida de derrubar uma torre no JENGA é remover as duas peças laterais de um andar, deixando apenas a peça do meio sustentando o restante da estrutura superior.
E tudo isso embora seja óbvio visualmente falando aqui estamos falando de mais um conceito, o equilíbrio rotacional.
Quando maior a base de apoio mais estável será a estrutura superior, o que claramente não acontece quando retiramos duas das três peças de um andar no JENGA, deixando assim a base de apoio menor e a estrutura superior muito mais instável.
Olha o esbarrão ai

Como você já percebeu ao jogar JENGA quanto mais peças são removidas mais instável a torre vai se tornando, isso porquê a distribuição do peso da estrutura fica desigual e quando mais peso fica na parte superior a torre começa a parecer um pêndulo ao contrário, balançando de um lado para o outro em direção ao ponto de apoio.
E quanto mais alta a torre qualquer esbarrão na mesa será fatal, o que nos apresenta aqui conceitos relacionados à construção de prédios e os terremotos.
Quanto mais longe do chão mais impacto os tremores causarão e quanto mais peso houver sob a estrutura maior será o balanço dela durante um tremor.
Por isso que aquela torre alta do JENGA com pouca base de sustentação e muito peso na parte superior sente qualquer esbarrão na mesa e desmorona, justamente por esses conceitos ligados aos tremores e que são usados na vida real para a construção de prédios em áreas com grande atividade sísmica.
Paciência e calma

Uma valiosa lição que aprendemos ao jogar JENGA é que no fim das contas grande parte do seu sucesso no jogo depende da sua calma e paciência.
De nada adianta idéias e planos se na hora da execução você não respirar fundo e aplicar com tranquilidade sua idéia para remover a peça adequada sem levar toda a torre para o chão.
Então tranquilize o coração, escolha com calma uma peça e avance rumo à vitória.
Tem mais alguma lição que o JENGA te ensinou para compartilhar?
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