
Imagine aquele jogo extremamente lindo e bem produzido onde até os mínimos detalhes foram pensados para encantar os jogadores e deixar a experiência muito bonita e interessante.
Acontece que um jogo com uma produção acaba criando a percepção de ser um jogo mais difícil e complexo e foi justamente essa impressão que eu tive com o IKI da Conclave Editora.
A primeira impressão que tive ao abrir a caixa foi o efeito “wow”, com um jogo extremamente bem produzido e lindíssimo com detalhes super bem acabados (como você pode perceber em algumas fotos que te mostro), porém ao mesmo tempo já comecei a imaginar a complexidade dele e quão difícil ele seria.
Mas surpreendentemente descobri um jogo super família, fácil e gostoso de jogar e agora vou te mostrar um pouco como ele funciona e o que achei dele.
Como se joga IKI?
IKI é um jogo onde os jogadores assumem o papel de um cidadão que ao longo de um ano precisa se desenvolver e participar das atividades comerciais da cidade através da contratação de profissionais, construção de prédios e acumulação de recursos.

Cada jogador tem seu tabuleiro para controlar suas ações e recursos obtidos e o tabuleiro central onde as ações acontecem.
Uma partida de IKI dura 13 rodadas onde em cada rodada você vai decidir quantos espaços você vai andar no tabuleiro central em uma espécie de rondel (um rondel seria uma área fechada por onde os jogadores se deslocam, parando nas casas e realizando as ações, como ela é circular os jogadores circulam por ali e realizam as ações onde escolhem parar).
Esse rondel seria a rua principal por onde você se movimenta e cada local que você parar existe uma loja que permite uma ação determina e também existe espaço para você e os demais jogadores colocarem personagens ou as edificações e você pode usar a habilidade do personagem que está ali (beneficiando seu oponente caso o personagem seja dele).
Você pode se planejar para gastar sandálias e aumentar a quantidade de espaços que seu personagem vai andar na rua principal.
Mas antes de sair andando por ai você vai decidir entre receber grana ou comprar uma carta de personagem para posicionar em um dos espaços no tabuleiro central e colocar ali um dos seus bonecos (kobuns) e colocar nele indicando que aquele personagem é seu.

Quando esse personagem for usado uma quantidade de vezes ele sai do tabuleiro e vem para seu tabuleiro (ele aposentou) e agora ele rende benefícios para você além de contar pontos de acordo com a quantidade de personagens diferentes que você tem.
Existe também o incêndio que remove do tabuleiro os personagens de acordo com o local onde eles estão e se o incêndio acontecer ali, o que pode ser prevenido aumentando sua força na trilha de combate ao incêndio.
Ainda existem espaços no tabuleiro central que ao parar permitem aos jogadores comprar peixe, tabaco e cachimbos que podem render pontos no momento e ao final da partida.

Após a última rodada os jogadores avaliam sua trilha de pontuação, variedade de personagens, peixes, trouxinhas de tabaco, prédios e recursos para avaliar quem foi o melhor cidadão na cidade de Edo no gostoso IKI.
Acessibilidade
O jogo é bem colorido porém todas as informações são abertas então se alguém tiver dificuldade em identificar cores pode solicitar ajuda para os demais sem problemas.
Dá para jogar com crianças?
Com os mais velhos (à partir de 10 anos) até que é possível se bem que o tema não seria muito atrativo para eles, afinal o jogo tem um tema muito ligado ao Japão antigo e provavelmente não vá fazer sucesso com a molecada.

Agora em termos do jogo em si é bem possível que se a garotada já estiver familiarizada com jogos que seja bem possível jogar com eles sem dificuldades.
O que achei do IKI?
IKI foi definitivamente um jogo que surpreendeu muito! Como falei no começo minha expectativa com ele era de um jogo mais difícil porém ele se mostrou um jogo bem tranquilo e familiar que dá para jogar com quem já joga alguma coisa mas quer um pouco mais de desafio.

Sua produção maravilhosa é culpada (no bom sentido claro) de passar a impressão de ser um jogo mais complexo mas na verdade o jogo é super tranquilo de entender e jogar e fica sempre lindão pela altíssima qualidade de todos os componentes.
Ele tem bastante coisa para você pensar e tentar desenvolver mas é tudo bem simples, por exemplo, você recebe pontos por ter personagens diferentes, então esse pode ser um caminho para pontuar bem.
Outro exemplo são os peixes, quanto mais peixes diferentes mais pontos, outro caminho para ter bastante pontos, além dos edifícios e recursos.
Nossa primeira partida foi em duas pessoas e confesso que o jogo não foi bacana, ficou muito solto (sem desafio) e deu uma desanimada, porém ao jogarmos no dia seguinte em 3 jogadores foi excelente, com bastante desafio e os espaços sendo ocupados e disputados criando assim aquele desafio bacana.
O que gostei no IKI:
- Uma produção de encher os olhos com capricho em cada detalhe
- Um jogo familiar para quem procura um desafio à mais sem complicar, para quem já tem alguma familiaridade com jogos mas não quer entrar em jogos mais complexos
- Interação entre os jogadores na medida certa onde você pode evitar ou propor essa interação (usando os artesãos do seu oponente por exemplo)
Pontos de atenção:
- Na minha opinião é um jogo para 3 ou 4 jogadores, em 2 pessoas tudo fica extremamente fácil e acessível tirando bastante do desafio
IKI da Conclave Editora foi uma grata surpresa pois eu esperava um jogo mais complexo por toda sua produção mas o que temos é um jogo super gostoso, relativamente rápido e que dá para jogar com quem procura um jogo mais desafiador e estratégico mas sem muita complicação.

Venha experimentar a vida no Japão antigo, prepare suas sandálias para andar muito pelas ruas procurando as melhores oportunidades e bons negócios e divirta-se muito no bacanudo IKI.
Inscreva-se no meu Instagram e conheça o melhor sobre os jogos de tabuleiro!


[…] E você pode ler minha resenha sobre ele aqui. […]
CurtirCurtir