
Quem responde minhas 3 perguntas hoje é o canadense que mora no Brasil autor de vários jogos como o mais recente lançamento da FunBox o Seven Bridges e do Carnavalesco que está em financiamento coletivo, hoje temos Ron Halliday, confira suas respostas!
Por que jogar?
Eu jogo para descontrair e socializar; para me divertir e aprender; para surpreender e me surpreender; e para escapar do nosso mundo e mergulhar em uma miríade de outros. Sem contar as muitas novas amizades – muitas delas duradouras – que tenho feito por meio dos jogos de tabuleiro.
Por que criar jogos?
Por que a gente cria? Para mim, é o grande desafio de elaborar algo divertido e inovador que consegue proporcionar os momentos e as experiências desejados. E, de certa forma, é uma maneira de me conhecerem sem precisar ser pessoalmente, pois vejo muitos aspectos da minha personalidade e das minhas preferências como jogador em meus jogos.
Um jogo especial para você e porquê
Vou continuar o precedente estabelecido por outros entrevistados e citar vários!
Nos anos 80, o primeiro jogo que curti quando criança era Fast 111’s, um jogo de corrida. Achei o máximo as cartas do jogo serem placas de províncias e territórios canadenses, e que se poderia usá-las para atrapalhar o carro do amiguinho (como no Downforce).
Nos anos 90 eu conheci o designer Gordon Hamilton – jogando vôlei – e ele me mostrou dois jogos modernos: um jogo novo chamado CATAN, e a versão caseira do seu próprio jogo, SANTORINI. Despertou algo em mim, mas não tive tempo nem conhecimento suficiente naquela época para criar um jogo. Mas ficou a pulga atrás da orelha.

Em 2004 me mudei para a América do Sul, e por uma década não joguei quase nada. Mas aos poucos fui reintroduzido aos jogos modernos, e conheci três – Dixit, Cash ‘n Guns e Camel Up – que despertaram em mim repentinamente aquele velho desejo de elaborar meu próprio jogo. E agora tenho quatro: Psychomachia, Revanche, Seven Bridges e Carnavalesco.

Sem dúvida o Seven Bridges é o melhor dos meus jogos para me “conhecer”, pois é o meu primeiro – e até o momento, o único – que combina minha carreira profissional como cartógrafo com minha segunda carreira, designer de jogos. Com ele, consegui cumprir tudo que citei acima como meus motivos para jogar e criar jogos.

E para terminar, tenho que mencionar meu jogo Carnavalesco que está em financiamento coletivo agora pelo Catarse. Desde que escrevi este artigo, logo após assistir o Carnaval de São Paulo em 2012, sempre achei que seria o tema ideal para um jogo brasileiro. Mas foi somente no ano passado – enquanto assistia a apuração das notas – que tive a ideia ideal também. Então talvez Carnavalesco possa ser considerado como uma ‘carta de amor’ ao país que me adotou.
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